Minnesota regista diminuição recorde de abortos
após lei "das 24 horas"
O número de abortos no estado do Minnesota (E.U.A.) desceu durante este último ano, em consequência da aprovação de uma Lei denominada "Direito das mulheres a saber" ou lei "das 24 horas"…
O número de abortos no estado do Minnesota (E.U.A.) desceu durante este último ano, em consequência da aprovação de uma lei que obriga as mulheres que decidem abortar, a receber informação sobre o procedimento do aborto e a esperar 24 horas após terem tomado a decisão.
A norma, denominada "Direito das mulheres a saber", exige que cada mulher grávida que decide abortar receba informação específica do seu médico - antes de se submeter à intervenção – sobre os riscos do aborto, a fase da gestação, a dor sofrida pela criança em consequência do aborto, a cobertura subsidiada para o parto e para os cuidados pré-natais e natais e as leis de apoio às crianças – e exige também que a mulher aguarde 24 horas antes de se submeter àquela intervenção.
O número de abortos em 2004 desceu para 13.788, o número mais baixo desde 1975 – ano em que o Departamento de Saúde do estado começou a tornar públicos os números deste crime legal.
O número de abortos desceu desde 1980 – ano em que alcançou o seu pico máximo de 19.000 abortos. O decréscimo mostra também uma tendência que se aprecia a nível nacional e isso sobressaiu também ao nível demográfico: a taxa de abortos em mulheres em idade fértil –entre os 15 e os 44 anos, sensivelmente – mostrou também uma clara diminuição.
O Departamento de Saúde informou durante os cinco últimos anos acerca do número de mulheres que decidem abortar. Pela primeira vez, este ano, o Relatório do Departamento de Saúde incluiu também o número de mulheres – 15.859 – que contactaram com médicos e obtiveram uma adequada informação sobre o aborto. Com esta número pode-se calcular um número que é debatida fervorosamente: Umas 2.000 mulheres teriam abortado sem receber a informação a que têm direito de acordo com esta nova lei, durante o último ano.
Para diversos grupos pró-vida, o período das 24 horas, exigido pela lei aprovada em Julho de 2003, permite que algumas mulheres troquem de opinião e já não se submetam ao aborto. Enquanto que para os abortistas, faz falta maior quantidade de dados que relacionem esta queda do número de abortos com a mencionada lei.
(AciDigital, 19 de Julho de 2005)