Uganda, uma vitória da abstinência e da fidelidade

Nos inícios da década de 80, começou a epidemia da Sida, no sul do
Uganda. Neste país, mais de um milhão e meio de crianças ficaram
órfãs, por causa da Sida, ou seja, o equivalente à décima parte da
população mundial. Em vez de apostar no preservativo como arma
exclusiva e primordial, a política sanitária e educativa de combate à
infecção baseia-se na promoção da abstinência sexual e na fidelidade
dentro do matrimónio e na castidade, especialmente entre os mais
jovens. O próprio presidente ugandês, Yoseveri Museveni, o tem dito
muito claro, e assim o disse ao presidente dos EUA, no passado mês de
Julho, quando afirmou que o seu país tinha dado prioridade à promoção
da abstinência e à recuperação dos valores da castidade e da
fidelidade. Assim, conseguiu-se passar de uma percentagem de 15% de
infectados, em 1991, para 5% em 2001. A Organização ONUSIDA reconheceu
que esta redução é «única no mundo» e acrescenta que o Uganda está a
conseguir um efeito que se pode comparar à «existência de uma vacina
com uma eficácia de 80%».
Por outro lado, afirmam que «a diminuição de casos de Sida no Uganda
está mais relacionada com as mudanças dos estilos de vida da população
do que com o uso de preservativos».



Alba –semanario de información, Ano 1, nº 10, de 11 a 17 de Dezembro
de 2004, pp. 8-10
[tradução realizada pelo pensabem.net]

Lei e selva